A sabedoria e resiliência das comunidades locais, povos indígenas e quilombolas devem ser nosso guia!
A crise climática não é uma ameaça distante, mas uma realidade que já afeta a vida de milhões de pessoas. Enchentes, secas, queimadas e outros desastres se repetem e escancaram a urgência de enfrentar esse desafio. Os mais impactados são sempre os que menos contribuem para o agravamento da crise: povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e periféricas. Populações que há séculos resistem ao avanço de um sistema colonialista e desigual, e que seguem sendo excluídas dos espaços de decisão sobre o futuro do planeta.
Esses povos são guardiões de práticas e saberes fundamentais para a proteção da terra, das águas e da vida. São eles que demonstram, com sua própria existência, caminhos para adaptação e mitigação da crise climática. Ignorar essas vozes é perpetuar o colonialismo.
Não existe justiça climática sem o enfrentamento às desigualdades raciais e sociais.
Foi diante dessa compreensão que a Proteja organizou o guia “Crise Climática é Agora!”. Ele é uma ferramenta política, que pretende ir além de um material somente informativo. Nosso objetivo é apoiar processos de aprendizagem e fortalecer iniciativas populares já em curso, reconhecendo que a luta contra a crise climática só será eficaz se estiver enraizada na sabedoria e na resistência dos povos e comunidades que historicamente enfrentam as maiores ameaças.
O guia reúne informações acessíveis, propostas de ação e pontos de reflexão que podem ser incorporados em processos educativos e encontros comunitários, entre outros. A intenção é contribuir para que mais pessoas compreendam, com nitidez, o contexto em que vivemos e, a partir disso, construam estratégias próprias de enfrentamento.