Fortalecemos lutas por terra, território, transformação social, culturas e modos de vida, impulsionando resistência, autonomia e aprendizado coletivo.
Se você chegou até essa página, provavelmente quer saber mais sobre nós.
Mas antes de qualquer coisa, queremos te contar algo essencial: por que “Proteja”?
Para nós, proteger é um ato político. É sobre garantir que nossos sonhos, autonomia e capacidade de futuro não sejam apagados. Proteger a vida, as relações e a organização coletiva frente ao avanço do capitalismo, que destrói o que é comunitário e transforma valores em preços. Proteger é resistir, fortalecer a autonomia e criar redes de solidariedade e cuidado mútuo.
Nosso nome é um chamado à ação coletiva. Inspirados na visão de Leonardo Boff sobre o cuidado essencial, entendemos que proteger é uma ato de construir o futuro. Significa criar caminhos para que a resistência seja contínua e compartilhada, para que grupos tenham força para proteger sua história, territórios e lutas.
No marco dos 10 anos de atuação da Proteja, adotamos a construção de um lema como uma prática política e comunicacional que nos acompanhará pelos próximos cinco anos.
Essa escolha não é apenas simbólica, mas estratégica: queremos que nossa comunicação expresse a força das lutas que travamos e que o lema sirva como um guia para nossa atuação coletiva. Ele reforça nossa orientação política e missão, consolidando nossa atuação junto a movimentos, grupos e coletivos populares.
A cada ciclo de 5 anos, revisamos nosso lema para fortalecer nosso posicionamento organizacional, reafirmar nosso compromisso com a transformação social e construir caminhos para o futuro.
Fortalecer comunidades, movimentos, organizações, grupos e coletivos que lutam por Terra e Território, Transformação social, Culturas e Modos de Vida, desenvolvendo estratégias solidárias, éticas e emancipatórias para disputa e construção do futuro.
Um mundo fundamentado no cuidado mútuo e na solidariedade em que comunidades, movimentos, organizações, grupos e coletivos sejam protagonistas na proteção de seus territórios, culturas e relações sociais, garantindo a continuidade de saberes e práticas coletivas como bases para a construção de futuros autônomos e resilientes.
Nossas práticas são orientadas por valores fundamentais como a confiança e organicidade, a educação e trabalho popular, além da ética multidimensional que norteia tanto nossa reflexão quanto nossa ação. Na Proteja, acreditamos que a transformação social só é possível quando construída de forma coletiva, orgânica e comprometida.
Autonomia: Garantir a autodeterminação e o protagonismo dos grupos com quem atuamos em suas lutas e estratégias.
Solidariedade: Construir relações baseadas no apoio mútuo, no respeito e na ética coletiva.
Resistência: Defender territórios e culturas contra violências e ameaças.
Resiliência: Capacidade de enfrentar adversidades e se adaptar às mudanças, superando desafios e fortalecendo os objetivos coletivos.
Coletividade: Valorizar saberes, práticas e soluções que emergem de lógicas horizontais e não hierárquicas.
Diversidade: Valorizar e respeitar a pluralidade de povos, culturas, práticas religiosas, cosmovisões, expressões sociais, identidades de gênero, orientações sexuais e raças.
Emancipação: Dedicação ao fortalecimento dos grupos com que atuamos, assegurando que sejam os protagonistas de suas lutas e estratégias.
Antifascismo: Combate a todas as formas de opressão, autoritarismo e intolerância, promovendo a defesa intransigente da liberdade, da justiça social e de práticas democráticas e inclusivas.
Anti-racismo: Compromisso ativo com a luta contra o racismo estrutural, valorizando e promovendo a igualdade racial e a reparação histórica.
Antimachismo e Antimisoginia: Compromisso com a equidade de gênero e o protagonismo das mulheres, enfrentando as estruturas e práticas do patriarcado e combatendo toda forma de opressão e violência de gênero.
Anti-LGBTIfobia: Respeito e valorização das identidades de gênero e orientações sexuais, combatendo o preconceito e promovendo a equidade e a dignidade.
Ação Dialógica: Trabalhar em conjunto com os grupos parceiros, respeitando os saberes locais e promovendo soluções co-criadas.
Fortalecimento Organizacional: Priorizar estratégias que aumentem a resiliência, a organização e a capacidade de resposta dos grupos frente às ameaças.
Defesa dos Territórios: Fortalecer a luta pela terra e o território como espaços de vida, cultura e resistência.
Protagonismo Popular: Colocar os grupos no centro das decisões e estratégias, respeitando seus saberes, demandas e visão de mundo.
Construção Coletiva: Adotar o diálogo sensível e a articulação em rede como pilares do trabalho.
Educação Popular: Basear as ações em metodologias participativas, emancipatórias e acessíveis.
Adaptação Estratégica: Responder às demandas com ações emergenciais, operacionais ou estratégicas, conforme a urgência e o contexto.
Ética e Respeito: Garantir que todas as ações sejam norteadas por princípios de dignidade e respeito mútuo.
Compromisso Revolucionário: Lutar contra as raízes estruturais das crises sistêmicas, promovendo transformações profundas que desafiem as bases do sistema hegemônico.
Cultura Hacker: Fomentar a inovação através da troca livre de conhecimentos, do uso criativo de ferramentas digitais, de tecnologias sociais e da busca por soluções colaborativas e acessíveis, valorizando a experimentação, a autonomia e a construção coletiva.
Transparência: Compartilhar informações de modo acessível e responsável das nossas ações, parcerias e na gestão de recursos.
Economia Solidária: Realizar práticas econômicas de forma autogestionada e integrada aos valores dos grupos, incentivando relações financeiras respeitosas e equitativas.
Confiança e Organicidade: Construir relações de confiança mútua, alinhadas às estruturas de governança política dos grupos parceiros, promovendo colaboração, diálogo e vivência que fortaleçam dinâmicas internas e princípios coletivos.
Para quem luta, é essencial saber diferenciar onde se quer chegar e o que é possível fazer agora. É com essa chave que trabalhamos os conceitos de estratégia e tática, como nos ensina a pensadora chilena Martha Harnecker.
Promover o fortalecimento das comunidades, movimentos, organizações, grupos e coletivos com quem atuamos para que possam estar resilientes e organizados e sigam resistindo à violência e destruição sistêmica provocadas pelo capitalismo.
A Proteja orienta sua atuação por uma agenda política comprometida com as lutas populares por Terra e Território.
No cerne de nossa atuação está o entendimento de que a luta social mais urgente e transformadora inclui a reforma agrária, a demarcação de terras indígenas, a titulação de territórios quilombolas e moradia digna.
Reconhecemos o debate climático como uma agenda prioritária, defendendo uma abordagem de justiça climática e descolonização. Enfatizamos a participação ativa de povos indígenas, comunidades tradicionais e periféricas, os mais afetados pelas mudanças climáticas e guardiões de sabedoria, práticas e conhecimentos essenciais para o futuro.
Acreditamos no poder da cultura como motor de mobilização e emancipação. Valorizamos as expressões artísticas e culturais como instrumentos para fortalecer lutas sociais, amplificar vozes necessárias e promover transformação social.
Atuamos no fortalecimento dos grupos atingidos por grandes projetos de infraestrutura que impactam territórios e comunidades. Buscamos denunciar abusos, promover reparações e fortalecer a resistência de populações afetadas por esses empreendimentos.
Adotamos o trabalho de base como uma missão contínua, guiada pela visão de que a educação popular é uma estratégia política organizativa essencial. Nossa atuação prioriza a organização comunitária e o fortalecimento institucional, promovendo a autonomia e a capacidade de articulação política das comunidades e organizações parceiras. Por meio dessa abordagem, buscamos construir processos duradouros de transformação social.
A comunicação popular é um dos eixos fundamentais de nossa atuação. Compreendemos a comunicação como um instrumento de luta, capaz de desmascarar narrativas hegemônicas, elevar a consciência política e fortalecer a organização coletiva.
A cultura digital e a cultura hacker são ferramentas estratégicas na luta por autonomia, liberdade e resistência. Acreditamos na apropriação crítica das tecnologias como um meio para fortalecer lutas populares, descentralizar a produção de conhecimento e criar redes de colaboração. Defendemos a internet livre, a segurança digital e o uso de tecnologias abertas.